Categoria: África hoje

Unilab lança Boletim Informativo na II fase do projeto RIPES

Neste mês de abril, a Unilab, com o apoio da Pró-Reitoria de Relações Internacionais (Proinst), lançou o Boletim Informativo da Rede de Instituições Públicas do Ensino Superior (RIPES).

Segundo a professora guineense Artemisa Monteiro, coordenadora da RIPES, o projeto de divulgação semestral do Boletim Informativo, esta segunda fase, surgiu dentro de um grupo de trabalho. Nesta primeira edição, a ideia é desmistificar a Rede (O que é a RIPES? Quais são suas funcionalidades, ações e atividades?), trazendo um resumo das atividades desenvolvidas ao longo dos oito anos de formação e articulações nacionais entre as entidades envolvidas e internacionais (entidades pontos focais que fazem parte da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – CPLP).  read more

RIPES emite nota de pesar

É com todo pesar que trazemos a notícia do falecimento de nosso querido colega e companheiro de trabalho Prof. Dr. Agatângelo Joaquim dos Santos Eduardo, Ponto Focal da Rede de Instituições Públicas de Educação Superior – RIPES da Universidade Agostino Neto (UAN). Ele parte deixando-nos muitas lições de solidariedade, amizade, profissionalismo, ética e humanidade.  read more

Unesco e RFI promovem História Geral da África

A diretora-geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura ( Unesco), Irina Bokova, assinou, segunda-feira, um acordo de parceria com o grupo France Médias Monde, com o objetivo de promover a coleção de livros da História Geral da África.
O grupo integra os media franceses Rádio França Internacional (RFI), France 24 e Monte Carlo Doualiya. O objetivo é promover a coleção de livros da agência História Geral da África.

Pelo acordo, o programa semanal da RFI “Memórias de um Continente”, transmistido aos domingos, vai enfocar na obra com vista a ultrapassar o preconceito que ainda afeta a história africana.

A partir de 7 de fevereiro, 52 edições do programa serão dedicadas à História Geral da África. As emissões serão organizadas cronológicamente e apresentadas pelo historiador congolês Elikia M’Bokolo, presidente da comissão científica para o uso pedagógico da obra.

Lançado em 1964 pela Unesco, o projeto História Geral da África foi criado para produzir uma história do continente livre dos esteriótipos nascidos com a escravidão e o colonialismo. Desde então, o projeto teve a contribuição de cerca de 350 especialistas, incluindo historiadores, linguistas e antropólogos.

Até o momento, oito volumes foram publicados e um nono está em produção. A segunda fase do projeto, iniciada em 2009, trata do desenvolvimento de um material didático para escolas primárias e secundárias em África.

Para a chefe da Unesco, Irina Bokova, “o projeto História Geral da África é uma das maiores realizações” da agência e ajudou a “mudar visões relacionadas ao passado do continente”.

A representante destacou que a parceria assinada com uma rádio internacional como a RFI fornece uma “oportunidade excecional para aumentar a consciencialização sobre o programa”.

Fonte: Rádio Onu via África 21

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Combate ao trabalho infantil na CPLP demonstra avanços

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) declarou 2016 como o ano contra o trabalho infantil, uma realidade que persiste, apesar de alguns avanços, e que é necessário continuar a combater, alertou o diretor de Cooperação da organização.

O combate ao trabalho infantil é “dos temas que tem reconhecido avanços mais sensíveis” dentro da CPLP, que é um exemplo no âmbito das Nações Unidas, com praticamente todos os Estados-membros a ratificarem as convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT) relativo ao trabalho infantil, disse à Lusa o responsável da Cooperação no bloco lusófono, Manuel Lapão.

Entre os nove países, a exceção é a Guiné Equatorial, onde as normas ainda não foram ratificadas, mas está em curso “o processo legislativo para a sua aplicação”, bem como Timor-Leste, que também deverá ratificar em breve a diretiva que diz respeito à idade mínima para o trabalho. No ano passado, a UNICEF identificava a Guiné Equatorial como o sétimo país do Mundo com mais crianças entre os 06 e os 11 anos fora da escola (37,8%).

Este ano, declarado como o “Ano da CPLP contra o Trabalho Infantil”, os países querem aumentar a visibilidade desta realidade. “Queremos que os cidadãos tenham consciência, que se envolvam e que falem deste tema de uma forma aberta”, explicou Manuel Lapão.

“Se nos sentirmos confortáveis com o que já foi feito e não continuarmos a insistir, ano após ano, pode abrandar o interesse para que as políticas públicas tenham esta dimensão”, sublinhou o diretor de Cooperação.

Os países da CPLP têm desenvolvido, desde 2006, trabalho nesta matéria, realizando encontros dos ministros do Trabalho e reuniões de trabalho, promovendo campanhas, ações de sensibilização e de formação, partilha de boas práticas, harmonização de metodologias e mecanismos de cooperação, em estreita colaboração com o escritório da OIT, organização das Nações Unidas, em Lisboa, referiu Manuel Lapão.

Numa declaração conjunta aprovada por todos os Estados, os países lusófonos assumiram “um compromisso político muito sério com a erradicação do trabalho infantil e com a aplicação das convenções internacionais”, além de terem decidido institucionalizar, “tanto quanto possível”, as normas.

Além disso, o trabalho digno é um dos pontos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, definidos em 2015 pelas Nações Unidas, mas “se há uma geração forçada a entrar no sistema de trabalho em idade precoce, esse trabalho nunca será digno”, sublinhou o diretor.

Entre segunda e quarta-feira da próxima semana, decorrem na sede da CPLP, em Lisboa, uma ação de formação e uma reunião de pontos focais sobre trabalho infantil.

Será uma oportunidade de fazer um balanço do trabalho já realizado, mas também de perceber quais os principais desafios e problemas de cada país no combate ao trabalho infantil e como se pretende avançar. “A necessidade de termos medidas imediatas e eficazes é algo que queremos que saia claramente” destes encontros, afirmou Lapão, que adiantou que um dos pontos da agenda é preparar uma listagem dos trabalhos perigosos no contexto da CPLP.

O combate ao trabalho infantil tende a ser visto pelos governos como uma despesa, mas Manuel Lapão rejeita essa ideia: “O investimento nestas gerações pode trazer grandes vantagens”, considerou.

Sobre a Guiné Equatorial, que participará pela primeira vez numa reunião de pontos focais sobre trabalho infantil (após a adesão à CPLP, em 2014), há “interesse em chamá-la para o seio da CPLP e colocá-la a aplicar as normas” internacionais, referiu.

O mesmo é proposto para países onde a instabilidade política e social pode fazer abrandar a preocupação com este combate, como é o caso da Guiné-Bissau. “Em fenómenos de instabilidade, esta matéria deve ser enquadrada de forma ainda mais atenta”, sustentou Manuel Lapão.

Fonte: Lusa via Notícias ao Minuto

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