A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) está a preparar-se para criar um banco de desenvolvimento próprio. A união entre bancos, seguradoras e instituições (UBSIF) foi constituída no final de julho e é o ponto de partida para criar esta instituição multilateral, que pode contar com os nove membros da comunidade, as instituições financeiras e os grandes bancos de desenvolvimento como acionistas.
“A CPLP, ao contrário de todos os outros, é o único bloco geopolítico sem um banco de desenvolvimento a financiar os Estados, as empresas e os bancos comerciais. Esta é uma falha de mercado que não tem de durar (nem irá) para sempre”, refere Francisco Almeida Leite, presidente da UBSIF, ao Dinheiro Vivo. Este banco poderá reforçar o principal objetivo desta união: “promover e dinamizar as relações entre as instituições suas associadas”. A UBSIF quer ser ainda a “porta de entrada nas relações multilaterais com instituições de países fora do eixo da lusofonia”.
A participação de capital lusófono é um dos pontos mais importantes nos bancos da CPLP. Cada vez mais as instituições portuguesas têm investidores desta região. Empresas angolanas como a Sonangol e a Interoceânico, além da empresária Isabel dos Santos (através da holding Santoro), estão presentes no capital de BCP e BPI, respetivamente. A UBSIF quer que “seja mais habitual a ‘inter-participação’ com capital, garantias ou qualquer outro instrumento de investimento entre as instituições bancárias, seguradoras e financeiras da CPLP”.
Fonte:
Dinheiro Vivo
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